segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Motivação para perder peso


Um jovem de Guarujá, no litoral de São Paulo, emagreceu mais de 60 quilos com reeducação alimentar e exercícios físicos após não conseguir realizar exames por falta de macas que suportassem seus 190 quilos. Rodrigo Alves dos Reis, de 31 anos, trocou garrafas de refrigerante por litros de água, atualmente pedala mais de 20 km por dia e está no caminho certo para atingir a meta de perder 100 quilos. Por causa do emagrecimento, mudou até de profissão. Rodrigo sonha entrou na faculdade de nutrição e começou a orientar outras pessoas a terem uma vida mais saudável como ele.

Ainda criança, Rodrigo mudou-se de São Paulo para Guarujá. Entre os 21 e os 26 anos, ele, que pesava 84 quilos, adquiriu outros 100. “Eu tinha uma péssima alimentação, péssimos hábitos e comecei a beber demais. Fui morar só com o meu pai, e o fato de morar sem mãe me pegou desprevenido e acabei aproveitando isso”, conta ele.
Rodrigo com a família em 2010 (Foto: Rodrigo Alves dos Reis/Arquivo Pessoal)Rodrigo com a família em 2010 (Foto: Rodrigo
Alves dos Reis/Arquivo Pessoal)
Por causa disso, Rodrigo procurou o ambulatório nutricional da Universidade Católica de Santos, que é aberto à comunidade. As nutricionistas e estagiárias prepararam uma dieta específica para a estrutura dele, que estava com 150kg. “Com instrumentos que conseguem identificar os hábitos alimentares, fazemos uma anamnese para saber se a pessoa toma medicamento e faz atividade física. Depois fazemos uma avaliação antropométrica. Você vai ver o peso, estatura, índice de gordura corporal. Depois, se elabora um plano alimentar”, explica a coordenadora do curso de nutrição da Unisantos, Valdete Lemos Stivanin.Em 2010, ele conheceu a atual esposa, que o incentivou a perder peso. Rodrigo passou por várias consultas médicas. “O médico me prometeu que, até os 40 anos, eu teria uma ponte de safena. Isso me deixou muito assustado”, diz. Dois anos depois, ele deu entrada nos exames médicos para começar a se tratar e até fazer uma cirurgia de redução de estômago. “Não tinha uma maca que suportasse o meu peso na Baixada Santista. Eu tinha 190 quilos”, conta ele, que no ano passado passou muito mal durante a noite e revolveu mudar de vez. “Tive palpitação a noite inteira, minha pressão chegou a 22. Me assustei muito e isso foi o start. Eu decidi mudar”, afirma.

Ele conta que a esposa sempre foi a grande apoiadora e a família toda começou a modificar os hábitos alimentares por causa dele. Eles cortaram os refrigerantes, frituras e gorduras. Rodrigo fez dietas e entrou na academia. “Começou a loucura. Eu me arrisquei em algumas coisas e perdi 30 quilos em três meses.”, afirma. Apesar dos bons resultados, o estudante sofreu muito com o processo de emagrecimento sem acompanhamento médico. “Eu tive quedas, insônia por vários dias, palpitações. Quando eu comecei a perceber isso, eu botei o pé no freio. Aquilo foi uma luz que podia acontecer, mas não que seria o caminho certo”, conta.
Rodrigo em 2012, com 185 quilos (Foto: Rodrigo Alves dos Reis/Arquivo Pessoal)Rodrigo em 2012, com 185 quilos (Foto: Rodrigo
Alves dos Reis/Arquivo Pessoal)
Rodrigo procurou o ambulatório de nutrição, após passar mal (Foto: Mariane Rossi/G1)Rodrigo procurou o ambulatório de nutrição, após
passar mal (Foto: Mariane Rossi/G1)
O contato com os nutricionistas despertou o desejo de Rodrigo fazer uma faculdade de nutrição. Ele se matriculou em janeiro deste ano no curso da Unisantos. “Eu me apaixonei pelo curso. Tive ótimas referências aqui”, diz.
Rodrigo mudou sua rotina, mas, desta vez, com orientação. No café da manhã, ele diz que tomava duas garrafas pequenas de refrigerante, coxinha ou hambúrguer, fazia pratos exagerados no almoço e o consumo de fast foods era frequente. “Meu jantar já era regado a bebida alcoólica, churrasco, pizza e hambúrguer, a semana toda”, conta. Hoje, Rodrigo acorda às 5h, toma café da manhã em casa e vai para a faculdade em Santos. “Como eu não tinha como fazer a academia, eu comecei a pedalar 11 km para ir e voltar, desde janeiro”, conta ele. Além disso, Rodrigo passou a levar seus lanches na mochila, comer de três em três horas e tomar mais de 3 litros de água por dia. A família dele também mudou de hábitos e a esposa conseguiu emagrecer oito quilos.

Rodrigo montou um blog para compartilhar com outras pessoas o processo de emagrecimento, além de colocar receitas saudáveis. Ele também criou páginas nas redes sociais, como Facebook e Instagram, e as intitulou de projeto – 100kg. “De 190 passei para 125. Mas o meu projeto é de 100 kg a menos”, afirma.

Depois de alcançar o objetivo, ele quer continuar ajudando outras pessoas a se alimentarem melhor, principalmente, com a nutrição para crianças. “Eu gosto da aérea clinica. Quero trabalhar na área pediátrica. Se tudo der certo, é o que eu quero trabalhar”, afirma. Valdete tem certeza que Rodrigo será um nutricionista bem melhor após ter a própria experiência. “Para fazer uma reeducação alimentar precisa ter força de vontade, tem que querer. Ele acaba sendo uma peça importante até por causa do depoimento dele. Ele é um exemplo, com certeza”, finaliza Valdete

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dicas para emagrecer até o verão

Não perca tempo com regimes mirabolantes e radicais. Com pequenas mudanças no dia a dia é possível emagrecer de forma saudável e chegar bem à temporada de verão. Veja aqui quatro dicas preciosas:
1. Beba mais água
Beber meio litro de água até 15 minutos antes da refeição irá ajudá-la a comer menos. A explicação é simples: o líquido preenche o estômago e antecipa a sensação de saciedade. A dica é de Bruno Halpern, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
2. Diminua o açúcar
Você sabia que o açúcar é considerado um carboidrato vazio? É que ele é pobre em nutrientes e rico em calorias. Além disso, ele gera fome em pouco tempo de consumo. E para piorar a situação,  a ingestão do açúcar faz com que o organismo libere mais insulina, hormônio que, quando produzido em excesso, contribui para o aumento dos estoques de gordura, principalmente na região abdominal. O alerta é de Mariana Del Bosco, nutricionista da Abeso.
3. Reduza o sal
O sódio presente no sal, em excesso no organismo, causa retenção de líquido e inchaço. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com sua ingestão diária desse mineral. O endocrinologista Filippo Pedrinola, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, recomenda diminuir o consumo de alimentos industrializados (que geralmente têm altos índices de sódio) e substituir o sal por ervas para temperar a comida em casa.
4. Substitua as gorduras
Mais uma dica de Mariana Del Bosco: “Por muito tempo, a gordura foi a supervilã das dietas. Agora, entendemos que elas são necessárias; só precisamos priorizar as mais saudáveis”. Uma forma de diferenciá-las é ver quais se solidificam (as mais perigosas, como os molhos à base de queijos e gordura da carne) e quais permanecem em estado líquido (as menos perigosas, como margarina light, azeite e óleos vegetais). As trans hidrogenadas – presentes nos industrializado – são as piores, pois aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Por isso, fique longe delas! Prefira os alimentos que contenham ômega 3 (como sardinha e salmão), que ajuda a deixar a digestão mais lenta, afastando a fome.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

GORDURA ABDOMINAL, COMO DIMINUIR?



Hoje, na sociedade moderna em que muitos se alimentam mal e fazem poucos exercícios, não é tarefa difícil encontrar uma pessoa com a circunferência da cintura modificada pelo acúmulo de gorduras na região. No entanto, é um fator preocupante, pois, além de agredir a estética e indicar obesidade, também chama a atenção por aumentar o risco de varias doenças, principalmente cardiovasculares, diabetes e hipertensão arterial.
O acúmulo de células de gordura visceral sobrecarrega o funcionamento dos órgãos localizados nesta região, como: fígado, intestino, rins e pâncreas. Isto desencadeia uma série de disfunções no organismo podendo levar a chamada “Síndrome Metabólica”. Nestas condições ocorre uma resistência a ação da insulina (hormônio produzido pelo pâncreas), responsável em remover a glicose sanguínea para o interior das células, a saturação no funcionamento desta glândula, levando a hiperglicemia e assim o Diabetes tipo II. Em contrapartida o fígado, que está bem próximo aos males, de uma forma compensatória começa a produzir glicose, libera substâncias ácidas, desequilibrando mais o equilíbrio do organismo, além de acumular mais gordura e toxinas, não cumprindo plenamente com suas funções vitais, podendo também se instalar a temida esteatose hepática.
Os efeitos da gordura abdominal podem ir muito além da diabete por colocar o organismo em um circulo vicioso. O aumento de glicose no sangue faz com que a produção de insulina também cresça para levar o açúcar ao interior das células. O corpo repete essa tarefa diversas vezes para suprir a necessidade e, consequentemente, contrai os vasos sanguíneos muitas vezes para que circule as substâncias. Entretanto, as contrações freqüentes podem elevar a pressão, implicando em hipertensão arterial.
O colesterol ruim (LDL), substância inflamatória, também é um dos males gerado pela gordura abdominal. Prejudicial, o LDL pode se alojar nos vasos sanguíneos e, inevitavelmente, ocorrer o fechamento da passagem de sangue pelas placas de gordura. Com isso, a probabilidade de resultar em doenças cardiovasculares e, até mesmo, em infartos e derrames pode aumentar.
E por que será que aumentar a circunferência abdominal é mais perigoso e mais fácil do que aumentar no quadril?As células adiposas abdominais são maiores e apresentam taxa de renovação de gordura mais alta que as células adiposas da região do quadril. Os adipócitos abdominais também respondem mais a hormônios e a substancias liberadas a partir da gordura abdominal são absorvidas pela veia porta, e assim, podem ir para o fígado. O aumento da captação de ácidos graxos pode levar a uma resistência à insulina. Já os ácidos graxos livres que foram originados da gordura vinda da região dos glúteos entram na circulação geral e não tem preferência pelo metabolismo hepático.
Aquele pneuzinho na cintura pode ser ruim para a estética, mas é pior para a saúde. Segundo o estudo conduzido pelo Lawson Health Research Institute, no Canadá, a temida gordurinha localizada produz o hormônio neuropeptídeo Y (NPY), que também é fabricado pelo cérebro e tem a missão de aumentar o apetite. Outra ação do NPY é induzir a reprodução das células adiposas, contribuindo na aceleração da obesidade. A maior produção de NPY pode aumentar a vontade de comer. E a grande ingestão alimentar eleva o peso e o depósito de gordura nas áreas em que ela é produzida (no caso, o abdome). Essas regiões são estimuladas pela sua presença, o que aumenta a produção dos hormônios do apetite, e assim sucessivamente, fechando o ciclo.
Vários estudos científicos comprovam que os adipócitos, em especial os localizados no abdome, não são meros depósitos de gordura. São células capazes de sintetizar inúmeros hormônios. Esse mecanismo é evidenciado pelo sistema endocanabinoide, induzido pela ingestão de gordura, que atua no cérebro como estimulador da sensação de prazer proveniente do apetite e do aumento das células gordurosas. Por outro lado, os pneuzinhos são sensíveis aos efeitos benéficos da atividade aeróbica regular. Assim, exercitar-se é um fator positivo para a prevenção e até mesmo para o tratamento da doença.
 Como Mudar?
Não tem jeito. Para reduzir a gordura corporal e, de quebra, a gordura abdominal, é preciso mudar os hábitos de vida. E a alimentação, neste caso, divide o mesmo espaço que a inclusão de atividade física com regularidade na rotina. Ter um estilo de vida saudável quer dizer a seguinte soma: comer alimentos saudáveis + fazer atividade física + controle emocional. Isso é o que traz saúde.
É muito importante manter o controle emocional, pois altos níveis de estresse (cortisol elevado) propiciam o acúmulo de gordura abdominal. Tendo esses hábitos em ação no cotidiano, o organismo de cada um encontrará seu equilíbrio, e isso facilitará o processo de emagrecimento. Portanto, para virar esse jogo, é imprescindível que a dieta seja mudada: o cardápio deve ter frutas, vegetais e legumes, cereais integrais, gorduras boas como mono e poliinsaturadas, devem ser recheadas de ômega-3, sementes oleaginosas, óleos vegetais (como o azeite de oliva) e peixes de água fria, além de leguminosas como soja e derivados. Desta maneira, o organismo recebe além de nutrientes para seu pleno funcionamento, muitas fibras e substâncias antioxidantes e antiinflamatórias que previnem e combatem a gordura visceral e suas perigosas conseqüências.
 Combata os Processos Inflamatórios

Muitas vezes, você até começa direitinho: incluiu a atividade física regularmente na rotina e diminui as calorias consumidas na alimentação. Mas não vê resultado de imediato, como esperava, e desanima. Isto porque não basta cortar as calorias, o importante é combater a inflamação gerada pela gordura abdominal, com alimentos antiinflamatórios, respeitando as necessidades e individualidades que consequentemente irá ser atingido seu equilíbrio metabolismo e em decorrência o emagrecimento. E esse controle se dá pelo consumo maior de fibras, proteína magra, alimentos integrais, vegetais, frutas e gorduras mono e poliinsaturadas.

*FONTE: http://www.equilibrionutricional.com.br/